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Saturação de oxigênio, respiração e apnéia durante o sono de bebês

2 de fevereiro de 2016

A Dra. Karen Parejo, presidenta da Associação Colombiana de Medicina do Sono, o Dr. Santiago Ucrósa, Dra. Claudia Granados, M. Sc.b. Dr. Fernando Guillénd, Dr. Fausto Ortegae, Dra. Sonia Restrepof, Fabián Gil, M. Sc.g e a acadêmica Miriam Guillénh, realizaram um estudo chamado: Saturação de Oxigênio, respiração periódica e apneia durante o sono de bebes de 1 a 4 meses de vida que moram a 2.560 metros acima do nível do mar. Pesquisa foi recentemente publicada na Arch Argent Pediatr 2015;113 (4): 341-344.

Resumo

Existem poucos artigos na literatura relacionada a polissonografia em bebes em altitudes de 2.200m a 2.800 m. O grande objetivo desta investigação foi descrever os níveis de saturação do oxigênio (SpO2) durante o sono de bebes com tempo de vida entre 1 a 4 meses que vivem em uma altitude de 2.560m. O segundo objetivo foi descrever o período de respiração (PB) e as apneias existentes. A polissonografia foi executada em bebes saudáveis de 1-4 meses em Cuenca (Equador) a 2.560m de altitude. A mediana para SpO2 foi 92% e 4.9% para PB. A mediana para o índice de apneia central foi 23.7/hora e 15.4/hora quando relacionado a PB. Nenhuma correlação foi encontrada entre PB e SpO2.

Conclusão: SpO2 foi menor que os valores a um nível do mar e o PB e o índice de apneia central foram maiores. Quando as apneias associadas com o PB não foram consideradas o índice de apneia central foi similar a um que encontrado ao nível do mar.

Para este estudo foi utilizado o nosso equipamento Neurovirtual BWII PSG e os nossos sensores Sleep Virtual e a nossa equipe de desenvolvimento também participou ativamente nas solicitações desses grandes pesquisadores.

  1. Departamento de Pediatria da Fundação Santa Fe de Bogotá.
  2. Departamentos de Pediatria e Epidemiologia Clínica e Bioestatística. Pontificia Universidad Javeriana.
  3. Departamento de Neurologia e Laboratório de Sono. Fundación Clínica Shaio. Bogotá, Colômbia.
  4. Departamento de Pediatria. Hospital del Río. Universidad del Azuay. Cuenca, Equador.
  5. Departamento de Pediatria. Hospital Luis Fernando Martínez. Cañar, Equador.
  6. Departamento de Pediatria. Hospital de La Misericordia y Fundación Santa Fe de Bogotá, Universidad de los Andes.
  7. Departamento de Epidemiologia Clínica e Bioestatística. Pontificia Universidad Javeriana. Bogotá, Colombia.
  8. Estudante de Medicina. Universidad del Azuay. Cuenca, Equador.

Discussão

Neste estudo nós apresentamos a descrição do SpO2 e outros parâmetros respiratórios polissonograficos em bebes de 1-4 meses de idade, no nível de 2.560m acima do mar.

O SpO2 que nós encontramos foi claramente mais baixo que os valores descritos no nível do mar por Schlüter e outros, quem para bebes de idade de 1-4 meses reportou uma mediana de 98,1% (p5, 95% – p95, 99,5%).10 PB, por outro lado, foi significantemente maior que os dados coletados para a nível do mar por Kelly e outros, o qual foi menor que 1% em bebes de 2-4 meses e por via de Schlüter e outros, quem descobriu PB abaixo de 0.5% in bebes com tempo de vida entre 1-4 meses. O fato de aumento de PB com altitude teve bases fisiológicas e foi anteriormente reportado em bebes. Em nosso estudo, PB foi significantemente alto durante o estagio REM do sono comparada com o estagio NREM do sono; esta descoberta é reconhecida desde 1977.

Os dados no CAI que nós achamos esta maior que o relatado por Schlüter e outros, para nível do mar, que gravou uma mediana de 5-10/hora para bebes de 1-4 meses de vida, entretanto, in nossos dados, quando as apneias centrais associadas com PB foram subtraídas, a mediana CAI foi próxima do valor reportado por estes autores, Estes resultados indicam que a discriminação entre apneias isoladas e PB associado com apneias torna-se importantes em condições de alta altitude, neste grupo de idade. Se ignorado, os valores de CAI poderão ser um grande reflexo na porcentagem do PB. Um aumento nas apneias centrais associados ao PB foi reportado por Parkins e outros com descobertas similares as nossas. Estes autores analisaram o padrão de respiração em 34 crianças com uma média de idade de 3.1 meses expostas ao oxigênio a 15% (equivalente a uma pressão barométrica de 582 mmHg), e descobriram que apneias associadas com PB aumentaram em 3.5 vezes com a altitude simulada, enquanto que o incremento de apneias isoladas foi somente de 0.15. Recentemente um estudo similar ao nosso para 2.640m de altitude foi publicado. Os resultados conferem na relação para SPO2, mas CAI e PB foram maiores em nossos resultados. Os autores relataram um importante número de apneias obstrutivas que não foi encontrado por nós em nosso estudo.

A ausência de correlação entre PB e SPO2 representada pela SSR sugere que baixo SPO2 esta atribuído para a diminuição inspiratória PO2 característica de altas altitudes e não para um aumento no PB. Em consequência, a decisão clínica de prover um oxigênio suplementar deveria ser baseada nos dados de SPO2 e não com a intenção de alterar os parâmetros de PB ou CAI. O índice de apneia obstrutiva e o índice de apneia mista foi zero em todos os bebes que fizeram parte do estudo. Valores próximos a zero para estes parâmetros já haviam sido reportados em um nível do mar, por Schlüter na Alemanha e por Kato na Bélgica. O 5º ao 25º percentil foi o mesmo que o observado entre o 25º e 95º percentis, mostra relevantes diferenças no comportamento fisiológico deste parâmetro durante o sono em torno de 25% dos bebes. A razão a qual isto acontece e se existe quaisquer consequências devem ser avaliados em futuras investigações. Pode-se supor que alguns bebês têm um maior nível de reatividade vascular pulmonar em resposta à hipóxia hipobárica.

 Considerando-se a curva de dissociação da hemoglobina, os dados obtidos para SPO2 neste estudo podem ser uteis para uma aproximação para o acontece em um intervalo de ± 300m cerca de 2.500 m de altitude, onde se vice uma grande população, incluindo cidades como Cidade do México com 21 milhões de habitantes, Bogotá (Colômbia) com 8 milhões, Addis Ababa (Etiópia) com 2,7 milhões, Sana’a (Yemen) com 2,5 milhões, Quito (Equador) com 2,3 milhões, Arequipa (Peru) e Toluca (México) com 0,8 milhões e Cochabamba (Bolívia), Quetzaltenango (Guatemala) e Asmara (Eritrea) com 0,6 milhões.

Conclusão

SpO2 foi menor que os valores do nível do mar, e o RP e o IAC mais velho. Quando apneias associadas com RP foram descontadas, o IAC foi similar ao nível do mar.

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