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Entrevista com a Dra. María Angélica Bazurto Zapata, presidente da Associação Colombiana de Medicina do Sono

14 de março de 2023

Doutora Bazurto, poderia contar um pouco sobre sua trajetória profissional e acadêmica?

Bom, sou médica da Universidade El Bosque. E fiz residência em Medicina Interna e Pneumologia na Universidade El Bosque.  Pouco depois de me formar, comecei a trabalhar na Fundação Neumológica Colombiana. Atualmente, sou a presidente da Associação Colombiana de Medicina do Sono.

Como tem sido sua experiência como presidente da Associação Colombiana de Medicina do Sono? Quais são os principais desafios?

Ser presidente de uma associação científica é realmente uma oportunidade, tem sido difícil porque essas tarefas são feitas nas horas extras e com a quantidade de trabalho que temos, não é fácil, mas realmente tem sido uma experiência muito enriquecedora. Fizemos trabalhos muito importantes na educação médica como conscientizar os doutores da atenção primária sobre a importância de diagnosticar alguns distúrbios do sono, especialmente a apneia obstrutiva.

Como tem sido sua experiência em seu cargo de diretora do serviço de laboratório do sono na Fundação Neumológica da Colômbia?

Trabalhar na Fundação Neumológica é uma experiência muito importante. Ser chefe dessa área tem implicado um desafio permanente de crescimento, mas também de manter a qualidade, apesar desse crescimento. Por outro lado, estar aqui me permitiu fazer pesquisa, que é algo que sou apaixonada. Já temos vários trabalhos publicados e, com base neles, pude ensinar. Aqui, residentes de várias especialidades, especialmente pneumologia, passam pelo laboratório do sono. Tivemos a oportunidade de formar especialistas que vêm da Colômbia e de alguns países da América Latina. Essa experiência docente é muito importante para a Fundação Neumológica, é parte de sua missão, e realmente é algo que me preenche muito.

A Neurovirtual teve a honra de trabalhar com você na realização do Simpósio Latino-Americano de Atualização em Medicina do Sono, no qual você ministrou uma importante conferência sobre os exames em casa. Quais são as maiores vantagens e cuidados ao realizar os exames de polissonografia em casa?

As polissonografias domiciliares permitem que o paciente durma no seu próprio lar. Isso é muito importante, pois alguns pacientes preferem assim, podem dormir melhor e se sentem mais confortáveis. Claro que tem suas dificuldades, entre elas está a perda de sinais do estudo, mas a quantidade de estudos que temos que repetir por perda de sinais não é tão alta. É uma dificuldade que se pode superar sem problemas. A outra vantagem é que não ocupa os espaços dos laboratório do sono com leitos, tornando o estudo mais oportuno e não tenhamos listas de espera tão prolongadas.

Outro tópico abordado por você foi a indicação de oxigênio em polissonografia. A que aspectos o médico deve prestar atenção ao realizar essa indicação?

A indicação de oxigênio durante um estudo de polissonografia pode ser para pacientes que têm doenças pulmonares crônicas e já apresentam dessaturação basal, se quisermos ver como o oxigênio se comporta durante o sono e, particularmente em grandes altitudes, usamos muito o oxigênio para o tratamento de algumas apneias centrais. Então, acredito que esses dois tópicos seriam as recomendações mais importantes em adultos. Em crianças, quando há apneias centrais, por exemplo, em prematuros, também é muito importante essa indicação no estudo do sono.

Em que medida a indicação médica incerta ou ausente, além de fatores econômicos, impacta na continuidade de um tratamento de pacientes com SAOS na América Latina?

Bem, na América Latina, digamos que a Colômbia é particularmente privilegiada porque o serviço de saúde cobre o tratamento da apneia obstrutiva do sono com dispositivos de pressão positiva. Isso não ocorre em outros países da América Latina e os pacientes têm que arcar com o custo desse tratamento com seu próprio dinheiro, o que definitivamente afeta o acesso ao tratamento. Realizamos um estudo no qual a Fundação Neumológica participou, um estudo multicêntrico latino-americano, e descobrimos que mais da metade dos pacientes que tinham indicação de CPAP não puderam iniciar o tratamento. A principal causa foi curiosamente a falta de uma indicação precisa do médico. Então, isso denota, em parte, falta de formação em distúrbios do sono na comunidade médica.

Doutora, acredita que a formação adequada na realização de exames de polissonografia para adultos e crianças é um dos desafios na América Latina?

Sim, acredito que a formação não apenas em polissonografia, mas em todos os aspectos da medicina do sono, ainda é fraco na América Latina. Nas faculdades de medicina, o sono não é ensinado em outras especialidades da saúde ou em outras profissões da saúde também não se fala sobre esse tema. É realmente necessário muito treinamento em toda a América Latina.

Como tem sido sua experiência com a marca Neurovirtual?

Nós temos os equipamentos Neurovirtual há pouco tempo; a experiência tem sido boa, recebemos muito suporte da empresa, digamos, com os problemas que tivemos, mas como tudo, temos aprendido sobre os equipamentos e nos adaptado à nova tecnologia.

Doutora, como você avalia o suporte técnico da Neurovirtual?

Acredito que o suporte técnico da Neurovirtual é uma de suas grandes fortalezas. É excelente. Sempre temos acesso 24 horas por dia e realmente temos suporte, não apenas da parte médica, mas também da parte técnica; à noite, sempre temos acesso ao suporte técnico, por exemplo.

Quais vantagens ou facilidades do software utilizado você destacaria como as mais importantes?

Acredito que o software é muito amigável, pode ser personalizado e essa é uma das vantagens para mim. Acredito que, é claro, há coisas a melhorar, mas uma coisa que destacaria é que a equipe técnica leva muito em consideração as sugestões dos médicos e técnicos e tentam implementar ou incluir as mudanças que sugerimos.

Você recomendaria a marca para outros médicos?

Sim, eu recomendaria. Acredito que o software é muito amigável como eu já disse, eles têm equipamentos muito versáteis que podem ser usados em casa e no laboratório.

Quais modelos de equipamentos Neurovirtual você possui atualmente?

Temos cinco BWMini e dois BWIII.

Como foi a experiência de transição de seus equipamentos antigos para a Neurovirtual?

Como toda transição, teve seus obstáculos, mas realmente todos nós os superamos de mãos dadas com o suporte técnico e a empresa, que sempre estiveram lá conosco. Técnicos e médicos estamos implementando todas as mudanças necessárias e eu acredito que estamos indo muito bem.

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